"O anúncio da instalação de um campus da UFSC em Blumenau encerra um longo processo de tratativas para a oferta de vagas públicas gratuitas de educação superior na nossa região, no qual a FURB participou como proponente de um modelo diferenciado de expansão". Assim inicia o Comunicado da Reitoria, postado ontem na nossa página. Leia mais aqui.
Esta é a posição oficial da FURB sobre as últimas informações publicadas na imprensa e não é uma crítica à decisão da UFSC, obviamente, ainda que se reconheça como legítimas as demais manifestações que pregam mobilizações e protestos de lideranças, servidores e estudantes contra a planejada (e limitada) extensão própria, enquanto a FURB oferecia concreta possibilidade de 20 mil vagas. O tema foi discutido hoje pela manhã, na reunião do Colegiado da Reitoria.
A FURB "respeita e defende a autonomia da UFSC em suas decisões (...) saúda a oferta de vagas publicas gratuitas na educação superior para nossa região e coloca-se à disposição da UFSC na implantação da sua extensão em Blumenau", diz o comunicado, que foi bem recebido nas redes sociais, onde está bem "curtido" e compartilhado. O coordenador do PPGDR, por exemplo, considerou digna a nota da Reitoria.
O sonho continua. "A FURB reafirma seu propósito de buscar os meios necessários para consolidar um projeto de financiamento público que faça justiça a sua história e em resposta às demandas de educação superior gratuita e de qualidade para os jovens de nossa região", diz a nota.
O comunicado foi enviado à imprensa hoje pela manhã. Santa e Diário Catarinense publicaram o texto na íntegra, logo em seguida. As emissoras de televisão nada abordaram ao meio-dia sobre o tema, que esquentou quinta-feira com uma publicação do Santa revelando os planos da UFSC para o Vale, a decisão pela sede própria e a cogitada ocupação polêmica do campus 2 da FURB. Os links de quinta.
- UFSC busca área para campus em Blumenau
- Para Natel, não houve fim oficial das negociações
- “Objetivo é consolidar o campus”
Jornalista Carlos Tonet condenou a iniciativa da UFSC de tomar o campus 2 e "prepotência da UFSC". Como o Santa publicou a matéria na internet antes, desde quarta à noite pipocaram novos comentários a favor (maioria) e contra a parceria FURB/UFSC no facebook.
Das emissoras de rádios, saiu na frente a Nereu Ramos. PC entrevistou hoje pela manhã o coordenador do comitê pró-federalização, professor Clóvis Reis. Resumindo, disse que o encerramento das negociações FURB/UFSC, a seu juízo, não encerra a luta pela federalização da FURB, que existe há 10 anos.
-- " A luta continua, há um projeto de lei aprovado no Senado sugerindo ao MEC a criação da UFVI através da FURB, que não foi adiante (...) recebemos com surpresa a posição unilateral da UFSC, (...) Comitê reagiu contra proposta da UFSC de ocupação apenas do espaço físico da FURB, sem perspectiva de futuro, (...) a região merece uma universidade federal com ensino, pesquisa e extensão, em respeito à história da região e da FURB, (..) o campus limitado com 400 vagas não atende aos anseios da região, basta olhar a situação das extensões nas cidades de Araranguá, Curitibanos e Joinville (...)".
A plenária de sexta vai definir os rumos do movimento, garante Clóvis. Provocado por PC, ele não se pronunciou sobre a postura do deputado Décio Lima de comemorar a vinda solo da UFSC (bastante criticado na rede social, como na página do vereador Ivan Naatz) e nem sobre o recolhimento da verba (emenda parlamentar) endereçada à federalização.
Já circula no facebook o convite para quarta-feira:
Já circula no facebook o convite para quarta-feira:
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