sexta-feira, 1 de abril de 2011

Federal na cozinha do Planalto


Diante de políticos e dirigentes empresariais (como da Acib), sindicais e de instituições (como da OAB e FURB), o recém-nomeado secretário executivo de Relações Institucionais da Presidência da República, ex-deputado federal Cláudio Vignatti (foto), comprometeu-se, clara e veementemente, em continuar apoiando a concretização do movimento FURB Federal, que atenderia o pleito comunitário em favor da terceira universidade federal pública e gratuita de Santa Catarina.

Ele respondeu a inúmeras perguntas dos jornalistas PC e Alexandre Gonçalves durante o tradicional programa de auditório “Preto no Branco”, da rádio Nereu Ramos, na manhã desta sexta-feira. E também questionamentos de lideranças como o reitor João Natel, que na sua oportunidade cobrou um compromisso maior de Vignatti a esta bandeira do Vale do Itajaí, “agora que está na cozinha do Palácio do Planalto”.

Natel parabenizou Vignatti pelo cargo, “onde tem o poder da construção e não do voto, como queria se eleito senador da República” (frase dita antes pelo próprio político), lembrou a sua vitoriosa luta pela instalação da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) em Chapecó, no oeste de SC (uma multicampi incluindo sedes no PR e RS) e lembrou que a UFSS foi criada por ato do Poder Executivo federal, em que o MEC e a UFSC entraram no processo.

--Gostaria desse compromisso do Sr., assim como já temos o apoio expresso dos deputados federais Décio Lima e Rogério Peninha Mendonça, até por ser homem-chave no governo da presidente Dilma Rousseff, disse Natel, seguido de pergunta direta de PC: o Sr. pode assumir esse compromisso?

-- Sim, respondeu enfaticamente Vignatti, lembrando que assinou emenda junto com Décio Lima liberando verba para os estudos de viabilidade da federal do Vale, há dois anos, quando ainda era deputado, depois de participar de audiência pública do Senado (na Câmara de Vereadores de Blumenau). “Ainda mais que aqui não começou do zero, como a UFFS, pois a FURB é instituição pública de direito público.

Entende hoje Vignatti que a melhor alternativa passaria por uma transição em que o “MEC assumiria devagarinho alguns cursos da FURB, pois não há como o Ministério da Educação assumir a folha”. Para demonstrar, ainda mais, sua simpatia pela causa, Vignatti reiterou que já defendeu a terceira federal em SC na campanha para o Senado (1,2 milhão de votos), “mais abrangente que a FURB hoje, como a UFFS, que é uma universidade multicampi”.

Ao lembrar que estamos lidando com fato novo, pois “nunca ocorreu uma federalização de universidade no País”, Vignatti garantiu que quando sair a proposta final dos estudos da nova Federal, “vamos botar embaixo do braço e tratar com todo carinho”.

Mais não foi dito porque o tempo do programa já estava estourando para outras perguntas da platéia. Fotos do evento, bloqueadas, podem ser vistas aqui.


Do editor: Muita água, ainda, deve rolar por debaixo da ponte até se definir o modelo possível da sonhada universidade federal para o Vale. Mas o que se pode enfatizar é a força e atenção que vem ganhando o movimento: imprensa e autoridades da região estão engajadas e fazendo pressão política pela melhor solução.

Mas, a idéia é que a Universidade Federal do Vale do Itajaí (que tramita na Câmara dos Deputados) aconteça com absorção do patrimônio, dos alunos e dos servidores da FURB, como explica matéria que enviamos à imprensa sobre a ajuda da UFSC. http://www.furb.br/noticias/?periodo=201103¬icia=858 


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