quarta-feira, 17 de abril de 2013

Gás de xisto: bola da vez no Brasil (e em SC)

Jornalista Estela Benetti, do Diário Catarinense, explora hoje (textos no fim do post) a questão da polêmico e arriscada exploração do gás de xisto, que é misturado a rochas -  uma novidade no Brasil, mas adorado especialmente nos EUA e rejeitado em outros países, como revela a Folha de S. Paulo. Protestos pipocam na Grã-Bretanha e Romênia, por exemplo.

Mas o que Estela faz é nos inserir no debate. É que em outubro o Brasil fará leilão do xisto e uma das bacias está aqui, sob o Aquífero Guarani (segunda maior reserva de água doce do Planeta, que se estende de RS ao MT). 

Há evidente risco de poluição - como ocorreu nos EUA (revelou recentemente a Globo), apesar dos avanços tecnológicos que hoje garantiriam a extração da chamada "rocha salvadora" (ilustração) sem contaminar lençóis freáticos. 

Santo Google: leia também matéria de hoje do Envolverde, portal de jornalistas ambientais: Gás de xisto volta a ser foco.

Como se recorda, a FURB tem um GP que estuda formas de proteção deste sistemaEm 22/11/2010 a FURB assinou convênio com outras instituições de ensino superior de Santa Catarina e a FAPESC para integrar o Projeto Rede Aquífero Guarani/Serra Geral. Este projeto fortalece o grupo de pesquisa e o coloca em contato com uma temática de importância de âmbito nacional e internacional.

Extraído do DC:17 de abril de 2013 | N° 9875 - ESTELA BENETTI

SC e o polêmico gás de xisto
O polêmico gás de xisto terá leilão no Brasil em outubro. E uma das bacias sedimentares incluídas pela Agência Nacional de Petróleo, a ANP, é a do Paraná, que é gigante e inclui Santa Catarina. Ela vai do Rio Grande do Sul até Mato Grosso e abrange também a Argentina, Paraguai e Uruguai. Esse gás é atrativo economicamente e os EUA, que lideram a exploração, esperam um salto na sua economia em função dele. No mercado americano, o milhão de BTU sai, para o consumidor, por cerca de US$ 3 enquanto, no Brasil, o milhão de BTU custa US$ 12. Mas a polêmica envolve a forma de exploração nas rochas. Os americanos estão usando água, areia e produtos químicos, que vêm contaminando lençóis freáticos e outras reservas de águas. No Brasil, a Agência Nacional de Petróleo reconhece que o país precisa dominar essa tecnologia e explorar as reservas do mineral, mas o assunto é incipiente e é visto com cautela em função do risco de poluição. A Bacia do Paraná, por exemplo, está sobre o Aquífero Guarani, a segunda maior reseva de água doce do planeta. A constituição do país diz que a preservação das águas é prioridade diante de qualquer atividadade econômica. Em São Mateus do Sul, ao lado de Canoinhas, a Petrobras tem a Petrosix, que explora o xisto para a produção de óleo com uma tecnologia própria efaz, também, a proteção ambiental.

Novidade - O gás de xisto ainda é uma novidade no Brasil. O presidente da Câmara de Energia da Fiesc, Otmar Müller, está estudando o assunto. Na Fatma, quem mais entende do tema é o analista ambiental Tarcísio Possamai. Ele diz que o aquífero Guarani fica em camada superior a do xisto, mas alerta que será preciso muito cuidado para preservar essa reserva.

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