Em entrevistas à Rádio Nereu, às 8 da matina, e na RIC Record (meio-dia), o reitor João Natel falou das comemorações pelos 47 anos da FURB e sobre os temas que consomem a agenda da Universidade.
Segue um resumo dos principais pontos abordados:
"Nós" da FURB – Disse que a gestão, iniciada há seis meses, identificou como o nó mais importante o equilíbrio financeiro, excessivamente dependente das mensalidades, apesar de sermos instituição pública. “Não estamos conseguindo ainda avançar na diversificação da receita, seja com serviços ou nova modalidade de ensino”, afirmou.
Nova fundação- Para enfrentar essa realidade, a Reitoria quer estruturar a FURB para se voltar mais às necessidades do mercado, como vêm fazendo as demais IES, incluindo as federais. Uma das idéias em evidência é criar uma fundação de apoio à Universidade, porque com CNPJ próprio poderá imprimir mais agilidade (dentro da legalidade, claro). A dinâmica do serviço público compromete essa nova postura de procurar atender as demandas com maior rapidez. Hoje há alguns grupos que captam recursos na forma de projetos. Natel quer aumentar esse esforço por toda FURB, em projetos de pesquisa e de extensão, citando como caso exemplar o grupo das engenharias.
Uniformizar apropriação de saberes – Em termos acadêmicos, procurar que todos os centros de ensino tenham desenvolvimento pleno e harmônico, pensando no tripé ensino, pesquisa e extensão.
A FURB que queremos – Deu ênfase ao que foi noticiado pelo informativo da Reitoria, semana passada (25/4), de que estamos todos convidados a participar da discussão dos rumos, da estrutura organizacional e do novo Estatuto da FURB. Ou seja, já estamos vivendo uma estatuinte, ou o desencadeamento do processo de revisão do PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional. Os trabalhos serão realizados de forma autônoma pela comunidade, sob a coordenação do professor Ivo Theis. “A Universidade, desde a sua base, vai dizer para onde vamos”, ressaltou Natel. “Colocamos esperança num modelo de universidade, para as próximas décadas, perfeitamente sustentável e em sintonia fina com a comunidade regional”, completou.
Hospital – Reiterou promessa de que até final de junho começa a funcionar o Hospital Dia, no campus 5, que esta semana receberá energia elétrica para atender aos prédios do hospital e também do novo ambulatório com policlínica (este previsto para operar no final do segundo semestre). Além disso, “vamos buscar recursos para novos blocos didáticos e de laboratórios para viabilizar o Campus da Saúde, atendendo aos nove cursos de graduação da área”. A verba para abertura do Hospital-Dia (pequenas cirurgias) está saindo dos cofres da FURB (R$ 750 mil). O foco mesmo da gestão, mais adiante, é o Hospital Regional para atender trauma (urgência e emergência), que vai exigir contrapartida de outros entes públicos.
Federalização – Confirmou que o professor Clóvis Reis foi escolhido para coordenar o Comitê Pró-Federalização, em substituição ao professor Valmor Schiochet, que volta a Brasília. Mas a preocupação manifestada pelo Reitor foca na necessidade agilizar e encorpar o movimento. “Pegamos o processo praticamente parado nos últimos dois anos, até pela questão do aguardo pelas emendas parlamentares de apoio. A Reitoria, nesse novo mandato há seis meses, decidiu prestar apoio integral à causa, em termos de estrutura, funcionário e financeiro para concluir os três projetos para o MEC, com apoio da UFSC, até o início do 2º. semestre, disponibilizando R$ 160 mil. “Queremos ritmo mais rápido e que seja uma causa de Santa Catarina. Como reitor vamos visitar entidades e lideranças solicitando apoio maciço à mobilização popular em toda região dos Vales, ainda mais agora que o governo Dilma sinaliza para retração no Reuni e maior investimento nas escolas técnicas federais. Sem mobilização regional forte, como a Carta de Ibirama de 1968, corremos o risco de ver os projetos dormirem numa gaveta em Brasília”, atesta.
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