segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Colunista elogia apoio da FURB ao esporte

O jornalista Everton Siemann, que assina a coluna Passe Livre do Santa, tocou na ferida, sábado, ao propor um debate sobre como "é mal gerido o desporto universitário". E sentencia: "não fosse o investimento da FURB, com bolsas de estudo às atletas, a equipe (Bluvôlei) nem sequer existiria". Ao mesmo tempo, ele parabeniza os gestores das universidades do Vale que investem no esporte "para formar cidadãos". 

A coluna deve ter sido escrita antes do jogo em que o Bluvôlei perdeu para Chapecó o título da regional sul da Liga Nacional e a chance de disputar a Superliga. Por 3 a 2, ou seja, disputadíssimo.

E, na edição de hoje, o colunista anuncia as tratativas entre FMD/FURB para fazer a pista de bicicross no campus 5 para os JASC, que terá cerimônia de lançamento logo mais.

10/08/2013 | N° 12956

PASSE LIVRE | Everton Siemann

passelivre@santa.com.br
  • É preciso rever o desporto universitário

    A fase Sul da Liga Nacional de Vôlei Feminino, que encerrou sexta-feira, em Blumenau, me fez passar a semana refletindo sobre como é mal gerido o desporto universitário. Não fosse o investimento da Furb, com bolsas de estudo às atletas, a equipe nem sequer existiria. E qual a garantia de que o time se manterá? Nenhuma. Salvo três possibilidades: a manutenção do apoio da Furb, a chegada de novos patrocinadores ou o repasse de verbas públicas via fundo de investimentos no esporte.

    Vivemos o momento em que mais brasileiros ingressam no Ensino Superior e, ao mesmo tempo, estamos às vésperas de receber (pela primeira vez) uma Olimpíada, mas ninguém teve a brilhante ideia de aproveitar essas oportunidades.

    Infelizmente, a cultura do desporto universitário praticamente inexiste no Brasil. Temos federações estaduais e uma confederação. Há torneios regionais e até a olimpíada nacional. Mas o que tudo isso, de fato, representa? Nada. Europeus, asiáticos e norte-americanos usam o desporto universitário como plataforma para revelar novos talentos olímpicos. E o Brasil?

    Em julho, o técnico do basquete feminino de Blumenau, João Almeida de Camargo, esteve na Rússia comandando a Seleção Brasileira na Universíade, a olimpíada universitária. Quantas daquelas meninas defenderão o Brasil, em 2016? Poucas. Para não dizer quase nenhuma.

    Sei que este é um assunto complexo, mas é fato que se precisa rever a forma como o sistema funciona. Ou melhor, não funciona. Por fim, quero parabenizar os gestores das universidades do Vale do Itajaí que investem no esporte. Mais do que fomentar esta ou aquela modalidade, estão colaborando com a formação de novos cidadãos. Parabéns!

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