terça-feira, 19 de junho de 2012

Efeito estufa: Aumond rebate professor da USP


Semanalmente, professor Dr. de Geologia  e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB (PPGDR-Doutorado/Mestrado), Juarês Aumond (foto) grava um comentário na rádio Nereu Ramos, em, Blumenau. 
Semana passada ele rebateu um professor da USP, para quem o efeito estufa não tem fundamento científico. Acompanhe: 

"Recentemente um professor da Universidade de São Paulo deu uma entrevista na TV Globo, no programa do Jô Soares e que deixou um mal estar entre pesquisadores e cientistas que lidam com o clima.  Esse jovem climatologista sentindo-se no auge do seu saber, acabou negando para o público aquilo que já foi confirmado pela maioria dos cientistas e principais institutos e centros de pesquisa do mundo. Esse jovem cientista que esteve duas vezes na Antártida se considera especialista no clima da Antártida e nas mudanças climáticas do mundo. As perguntas do entrevistador e as respostas do entrevistado desfaziam e desmereciam as pesquisas e conclusões dos cientistas e Institutos e órgãos de pesquisa que há várias décadas pesquisam as mudanças climáticas e o atual Efeito Estufa.  Esse programa prestou um grande desserviço ao público e à percepção da sociedade sobre do Efeito Estufa. O que se viu foi a visão reducionista de um pesquisador que se especializou em uma área do conhecimento e imagina que pode explicar todos os fenômenos  ligados ao clima. Todavia, temos que ter clareza que nós, pesquisadores e cientistas temos muito mais perguntas à fazer do que respostas a dar sobre os fenômenos da natureza. Na visão reducionista de alguns pesquisadores, o mundo e seus fenômenos naturais podem ser explicados por sua área de seu conhecimento que se especializaram. Esquecem que tudo está conectado com tudo. Nada nesse mundo está inteiramente isolado. Vejamos um exemplo: o Brasil é hoje um destaque mundial e grande exportador de grãos. Porque ? Um agrônomo reducionista poderia responder que é por causa das tecnologias agrícolas que aplicamos na produção brasileira. Numa resposta simplória como essa ele estaria desconsiderando que o Brasil é um dos países mais privilegiados do mundo em solo e que esse resulta de um clima privilegiado. Voltando aquela entrevista.O pesquisador afirmava que o Efeito Estufa, não tem fundamento científico e ainda, afirmava que a subida do nível dos mares de 50 centímetros em 100 anos pouco significará. No entanto, os estudos geológicos, climáticos e paleobotânicos provam que as Eras do Gelo e os Efeitos Estufa já se intercalaram 15 vezes nos últimos 2 milhões de anos. Durante essas fases de aquecimento natural, o nível dos mares pode ter oscilado mais de 80 metros para cima e para baixo, em relação ao nível atual dos mares. No entanto, aquele pesquisador esquece que quando o nível do mar sobe alguns centímetros ele pode avançar quilômetros continente adentro, dependendo da morfologia do terreno e tipo de rocha. É lastimável que se dê tanta mídia para desfazer a ciência e se promova pessoas de visão tão reducionista num mundo tão complexo em que tudo está conectado a tudo. Reflita sobre isso, caro ouvinte".

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