quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Invasão das redes sociais


Profissional do futuro precisa das redes sociais, destaca matéria do Santa.

Indicada pelo Jornalismo da CCM, professora Ida Noriler, diz que treinamento nas empresas é fundamental.

Leia aqui as matérias do jornal: redes sociais geram lucro; empresas fortificam relações com clientes pelas redes; e qualificação é essencial.

Mídia nacional

1) Revista Info Exame do mês (nas bancas) dedica toda capa à invasão do facebook, mas na rede estão disponíveis duas matérias.

2) Folha de S. Paulo traz interessante artigo de Júlio Vasconcellos, argumentando que o Egito é apenas o exemplo mais recente de como a internet e as redes sociais catalisam a democracia.

Vai na íntegra porque está no espaço para assinantes, caso da FURB:

Redes sociais e causas sociais

AS ÚLTIMAS SEMANAS foram muito positivas para aqueles que acreditam no uso da internet para fins socialmente benéficos. Seja no Egito ou na região serrana do Rio de Janeiro, a internet e as redes sociais mostraram seu lado positivo.


Esse fato contrasta com a maneira negativa com que essas novas tecnologias aparecem, com alguma frequência, em reportagens na grande mídia. São inúmeras as reportagens que envolvem acusações de violação de privacidade, pirataria, intimidação ("cyberbullying") e facilitação de práticas abomináveis como a pedofilia.


Nesta coluna pretendo mostrar os aspectos positivos de transfor- mação social que foram viabilizados pela disseminação dessas novas tecnologias.


Um bom exemplo envolve as recentes manifestações pelo fim de uma ditadura que já dura mais de 30 anos no Egito. Os primeiros movimentos de protesto, assim como os maiores, foram organizados por meio do Facebook e do Twitter.


A ameaça representada pelas mensagens trocadas de maneira pulverizada pela rede foi tão for- te que, nos últimos dias de janei- ro, o governo tentou desligar os principais "links" de acesso à internet do país.


O Egito, contudo, é apenas o exemplo mais recente. Em 2009 o Irã passou por uma série de pro- testos políticos, durante o perío- do eleitoral, que foram organiza- dos pela rede. Ao que parece, a internet e as redes sociais -felizmente- catalisam a democracia e são um obstáculo às práticas de regimes ditatoriais. Nos países onde o regime democrático é a regra, essas novas tecnologias também têm servido como instrumento de pressão política.


O chamado jornalismo comunitário está em franca ascensão. Com a disseminação da internet móvel e das câmeras nos telefones celulares, o cidadão comum pode documentar e transmitir adiante fatos que presenciou. É como se, de repente, a imprensa estivesse quase que onipresente.


No Brasil, nas últimas semanas, também observamos um excelente exemplo de organização da sociedade civil por meio das redes sociais. Logo após a divulgação da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, as pessoas começa- ram a trocar, pela rede, informa- ções a respeito de como ajudar e como fazer doações.


De sites de compra coletiva aos blogs de moda, todos procuram alocar recursos, pessoas e bens, em suas respectivas áreas de atuação, para ajudar.


Na sequência, coerentes com o espírito de divulgação plena das informações, passaram a prestar contas de como os recursos levantados estavam sendo utilizados.


Muito embora os exemplos relatados acima seja interessantes, o uso da internet para causas sociais de maneira contínua e reiterada ainda é incipiente. Nos momentos de grande comoção, como nos eventos recentes do Rio Janeiro, há uma forte mobilização que se dispersa rapidamente.


Mas também nessa frente existem boas notícias. Chris Hughes, que foi cofundador do Facebook e também trabalhou na campanha de Barack Obama, está construindo uma nova rede social, chamada Jumo, para mobilizar as pessoas em torno de causas sociais.


Com essa ferramenta, entidades e causas sociais poderão fomentar relações contínuas, de longo prazo, com seus apoiadores e doadores.


É animador e instigante pensar que estamos apenas no começo desses movimentos de engaja- mento social por meio da internet e de redes sociais.


À medida que mais usuários forem sendo envolvidos, teremos uma massa crítica maior para ações políticas e um número maior de possíveis doadores para causas políticas e sociais. Essa pulverização das doações pode ser extremamente saudável tanto para a democracia como para a transformação no campo social.


Quanto maior for o número de envolvidos, maior será a pressão por uma prestação de contas transparente e eficiente, para que eles voltem a doar e votar, formando assim um ciclo virtuoso com o auxílio da internet e das redes sociais.
-----------------------------------------------------------------------------
JULIO VASCONCELLOS, 30, economista, é fundador e presidente-executivo do site de compras coletivas Peixe Urbano. Escreve às quintas-feiras, mensalmente, nesta coluna. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário