Em entrevista de 30 minutos, hoje, no estúdio da rádio Nereu Ramos, de Blumenau, o reitor João Natel seguiu sua rotina de detalhar aos veículos de comunicação da região as medidas administrativas aprovadas pelo Consuni para equilibrar as contas da FURB, profundamente desorganizadas com o "calote" do governo federal com o atraso dos repasses do FIES, somando uma dívida da União de R$ 15 milhões, esse ano, até agora.
A diferença é que a cada entrevista o reitor atualiza as informações e aprofunda as críticas. Nessa, foi mais duro à "irresponsabilidade" da União com os três mil alunos bancados pelo FIES, apesar do repasse de uma parcela, esse mês, de R$ 3,5 milhões. Mas a FURB "precisa aprender a viver sem essa dependência", sinalizou.
E mais. Dada a incerteza no calendários de repasses da verba federal, disse que as medidas administrativas ainda não são suficientes. Ou seja, reiterou que estão sendo acelerados estudos para a reorganização da administração superior. "Vamos reduzir cargos, fundir estruturas e buscar eficiência da FURB com economicidade", afirmou, acrescentando; "Vamos redesenhar a Universidade, tornando-a mais enxuta", disse, "sem precarizar o ensino em sala de aula".
Afirmou também que a meta é economizar R$ 1,5 milhão ao mês, ou R$ 9 milhões até o final de janeiro de 2016. Mas destacou que a FURB é uma "instituição saudável, sem dívidas", que deve economizar e ampliar a sua receita com prestação de serviços, de caiu de 20 para 4%.
Sobre a possibilidade de cobrança de estacionamento, assegurou que nesse momento o que se busca é o controle de acessos, com cancelas. E que sua cobrança não está na pauta.
Natel falou também sobre seu futuro político e o papel atual de "coadjuvante" do PMDB, defendendo a (re)construção de um projeto para ser discutido com a sociedade de Blumenau e não uma proposta de candidaturas. "Estamos perdendo tempo. O PMDB deve se apresentar como uma alternativa ao que está no poder hoje", afirmou.
Ouça a entrevista na íntegra aqui.
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